O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, nesta terça-feira (16), que as divergências entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o argentino, Javier Milei, não devem prejudicar as relações comerciais entre os dois países. Segundo ele, as parcerias são de Estados, não de governos.
“As parcerias são de Estados. O mau gosto do presidente do país vizinho quando esteve aqui, nós não temos nada a comentar. As parcerias são de Estado”, declarou Alckmin em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.
O vice fez referência à participação de Milei em um evento conservador em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, na última semana. Na ocasião, o argentino se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Pouco antes, Milei deixou de ir a uma reunião de cúpula do Mercado Comum do Sul (Mercosul), realizada no Paraguai. Lula, que discursou no evento, classificou a ausência do argentino como “bobagem imensa”.
Lula e Milei protagonizaram embates ideológicos desde a campanha eleitoral argentina, no final do ano passado.
Em um dos episódios mais recentes, Milei questionou a necessidade de pedir desculpas para Lula por ter chamado, durante sua campanha, o brasileiro de “corrupto” e “comunista”.
“Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse, comunista? Por acaso [Lula] não é comunista? Desde quando tem que pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda ainda quando for verdade?”, indagou Milei em entrevista ao canal La Nación +.
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