O bitcoin recuava nesta sexta-feira (6), estendendo a queda para a quarta sessão seguida, após a reação instável do mercado amplo ao relatório do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll), que manteve a incerteza sobre a dosagem do corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) no dia 18 deste mês.
O bitcoin recuava 5,11% nas últimas 24 horas até 15h34, a US$ 53.740, segundo a Binance. Na mínima em 24 horas, a criptomoeda tocou US$ 53.568. O ethereum, por sua vez, tinha recuo de 6,7%, a US$ 2.231,32 no mesmo intervalo.
“A decisão do Fed continua sendo a principal variável a ser observada para ativos tradicionais e cripto, já que o sentimento dos investidores permanece contido e há poucos outros catalisadores para ambos os mercados”, avaliou o diretor regional da Coinbase para as Américas, Fábio Plein.
Na avaliação do executivo, os investidores devem ficar mais propensos a alocar capital em outubro e novembro, ou seja, após a reunião do Fed em setembro e, também, conforme nos aproximamos da reta final da temporada eleitoral nos EUA, já que esse é um tema que causa incerteza e pode estar deixando muitos investidores de fora.
No aguardo para os eventos, os investidores optaram por um forte ajuste de posicionamento. A liquidação de posições compradas – que apostam em alta – do Ethereum subiu a US$ 55 milhões, e o desmonte de posição comprada em bitcoin atingiu US$ 90 milhões, marcando os níveis mais altos desde 5 de agosto, de acordo com a Cryptoquant, fornecedora de análises de dados on-chain e de mercado para instituições e investidores profissionais em criptomoedas.
Além disso, há uma situação de stop out, que é o acionamento de um fechamento automático forçado das posições de um operador caso o patrimônio da conta de negociação dessa pessoa recue abaixo de um determinado limite. Com isso, os contratos em aberto diminuíram US$ 2,2 bilhões, segundo a Cryptoquant.
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