terça-feira , 3 dezembro 2024
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    Café recua após máximas de vários anos com fatores climáticos no radar

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    Os contratos futuros de café na ICE fecharam em baixa com realização de lucros após máximas plurianuais registradas mais cedo nesta segunda-feira (16).

    O mercado começou firme, ampliando os ganhos de 10% da semana passada, já que as previsões meteorológicas no Brasil, maior produtor de arábica, continuaram a piorar.

    Por outro lado, os temores de danos causados por tufões persistiram no Vietnã, maior produtor de robusta.

    O café arábica, que chegou a subir mais de 4%, atingindo o valor mais alto desde 2011, a US$ 2,7180 por libra-peso, terminou em leve baixa de 0,3%, a US$ 2,5855.

    Os negociantes disseram que os modelos meteorológicos estão apontando para chuvas esparsas nas regiões produtoras do Brasil no restante do mês, o que “não será suficiente”. Quanto às chuvas de outubro, eles disseram que há muito mais incerteza de que elas serão suficientes.

    “Por enquanto, aconselho extrema cautela”, disse um corretor físico, o que significa que os clientes devem pensar duas vezes antes de adiar as compras na esperança de que os preços caiam.

    De acordo com os analistas da LSEG, os riscos de seca persistem para as safras do Brasil, já que a secura generalizada e o calor provavelmente retornarão depois que as chuvas esparsas passarem em cerca de dez dias.

    O café robusta de novembro fechou em baixa de 0,4%, a 5.246 dólares a tonelada métrica, após ter renovado o maior valor desde que a forma atual do contrato começou a ser negociada há 16 anos, a 5.486 dólares.

    Os negociantes continuam preocupados com a possibilidade de o tufão Yagi ter causado a queda dos grãos de café no Vietnã, prejudicando a qualidade e interrompendo as operações de secagem.

    O Vietnã poderá ter um clima mais úmido do que o normal nos próximos meses, já que se espera que o padrão climático La Niña se desenvolva.

    O açúcar bruto subiu 0,9%, fechando a 19,18 centavos de dólar por libra-peso. O açúcar branco caiu 0,9%, a 523 dólares a tonelada.

    Mudanças climáticas desafiam agro brasileiro, dizem especialistas

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