O Rio Sena está novamente no centro das atenções nos Jogos Olímpicos de Paris. Nesta terça-feira (6), o treino da maratona aquática de familiarização programado para o local foi cancelado. O motivo foi o nível de poluição das águas.
“Após a reunião diária desta manhã foi decidido que a sessão de familiarização que aconteceria hoje, 6 de agosto de 2024, foi cancelada”, diz parte do comunicado divulgado pela World Aquatics.
As provas estão previstas para os dias 8 e 9 de agosto. Segundo a organização dos Jogos Olímpicos, as provas serão disputadas conforme o planejado.
“Com uma previsão meteorológica favorável e análises prospectivas, a World Aquatics e Paris 2024 continuam confiantes de que as competições de Maratona de Natação nos dias 8 e 9 de agosto ocorrerão conforme planejado”, completou a nota.
A organização dos Jogos Olímpicos estuda alternativas para o caso de o Rio Sena não estar disponível. Uma das possibilidades é transferir a prova para o local onde é disputado as provas de canoagem.
As provas foram disputadas no Estádio Náutico, em Vaires-sur-Marne. O local fica cerca de 35km longe de Paris.
Sena liberado para competições
Os treinos para a disputa do triatlo também não puderam ser realizados em função da contaminação no Rio Sena. A atividade foi adiada duas vezes.
A situação ficou preocupante a ponto da prova do triatlo masculino ser adiada. No entanto, as duas atividades foram disputadas, no dia 31 de julho.
Críticas dos atletas
A equipe da Bélgica não disputou o Triatlo Misto nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A desistência belga ocorreu porque uma das atletas da equipe, Claire Michel, ficou hospitalizada. A atleta foi infectada pela bactéria E.coli, que ocorre através de água ou alimentos contaminados e pode causar problemas estomacais e intestinais.
A também belga Jolien Vermeylen detonou a qualidade da água no Rio Sena. A atleta disputou a prova do triatlo feminino e terminou na 24ª posição.
“Enquanto nadava sob a ponte, senti e vi coisas nas quais não deveríamos pensar muito. O Sena está sujo há cem anos, então eles não podem dizer que a segurança dos atletas é prioridade. Isso é besteira”, disse em entrevista ao jornal britânico The Sun.
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