domingo , 15 setembro 2024
    Política

    Eleição na Venezuela: quem são os ex-presidentes que cobram de Lula “compromisso com a democracia”; veja lista

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    Em uma carta divulgada na segunda-feira (5), 30 ex-líderes de países de língua espanhola cobraram um posicionamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação à crise política que se instalou na Venezuela após a vitória do presidente Nicolás Maduro ter sido proclamada nas últimas eleições.

    O documento está assinado por políticos integrantes do fórum não governamental Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA).

    Ex-presidentes e ex-primeiros-ministros de países como Argentina, Colômbia e Espanha pedem que Lula reafirme seu compromisso com a democracia e a liberdade e faça tais valores prevalecerem no país vizinho.

    Veja a lista de nomes que assinam a carta:

    • Mario Abdo, Paraguai;
    • Óscar Arias S., Costa Rica;
    • José María Aznar, Espanha;
    • Nicolás Ardito Barletta, Panamá;
    • Felipe Calderón, México;
    • Rafael Ángel Calderón, Costa Rica;
    • Laura Chinchilla, Costa Rica;
    • Alfredo Cristiani, El Salvador;
    • Iván Duque M., Colômbia;
    • José María Figueres, Costa Rica;
    • Vicente Fox, México;
    • Federico Franco, Paraguai;
    • Eduardo Frei Ruiz-Tagle, Chile;
    • Osvaldo Hurtado, Equador;
    • Luis Alberto Lacalle H., Uruguai;
    • Guillermo Lasso, Equador;
    • Mauricio Macri, Argentina;
    • Jamil Mahuad, Equador;
    • Hipólito Mejía, República Dominicana;
    • Carlos Mesa G., Bolívia;
    • Lenin Moreno, Equador;
    • Mireya Moscoso, Panamá;
    • Andrés Pastrana, Colômbia;
    • Ernesto Pérez Balladares, Panamá;
    • Jorge Tuto Quiroga, Bolívia;
    • Mariano Rajoy, Espanha;
    • Miguel Ángel Rodríguez, Costa Rica;
    • Luis Guillermo Solís R., Costa Rica;
    • Álvaro Uribe V., Colômbia;
    • Juan Carlos Wasmosy, Paraguai

    Oposição venceu eleições, dizem ex-líderes

    Nomes como José María Aznar (Espanha), Mauricio Macri (Argentina), Andrés Pastrana (Colômbia) e Óscar Arias (Costa Rica) criticam o que chamam “evidente usurpação da soberania popular” e “desprezo pela verdade eleitoral” por parte do governo venezuelano.

    Os ex-líderes chamam a situação atual da Venezuela de “escândalo” e afirmam que os relatórios eleitorais mostraram a vitória do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia – que se declarou presidente eleito do país na segunda.

    Em nota, o Planalto disse que a posição do Brasil é de “estímulo ao diálogo entre o governo e a oposição venezuelana”. Segundo o comunicado emitido à CNN, Lula “já reiterou seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania da população”.

    Abaixo, a íntegra do documento:

    Os ex-Chefes de Estado e de Governo que subscrevem esta mensagem, membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (IDEA), exortamos a Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Federativa do Brasil, a reafirmar seu inquestionável compromisso com a democracia e a liberdade, as mesmas de que gozam seu povo, e a fazê-la prevalecer também na Venezuela. A evidente usurpação da soberania popular que Nicolás Maduro Moros realizou, em conluio com os poderes do Estado que estão a seu serviço e sob seu controle, é feita com desprezo pela verdade eleitoral para se perpetuar no exercício do poder e afirmá-lo por meio de uma política de Estado repressiva e de violação generalizada e sistemática dos direitos humanos dos venezuelanos. O que está acontecendo é um escândalo. Todos os governos americanos e europeus sabem disso. Admitir tal precedente ferirá mortalmente os esforços que continuam a ser feitos com tanto sacrifício nas Américas para defender a tríade da democracia, do Estado e dos direitos humanos. Não exigimos nada diferente do que o próprio presidente Lula da Silva preserva em seu país. Esta mensagem que estamos enviando, em essência, nos coloca como porta-vozes dos sentimentos da maioria decisiva dos venezuelanos que hoje veem seus compatriotas, que lutaram ao seu lado, sofrendo prisões, torturas, desaparecimentos e até mesmo a perda da vida. Eles estão protestando em defesa de seu voto, estão resistindo pacificamente, guiados por María Corina Machado e por quem, como demonstram os relatórios eleitorais que são de conhecimento público e foram coletados pelas testemunhas na seção eleitoral, foi eleito presidente, Edmundo González Urrutia. A Venezuela tem o direito de fazer uma transição para a democracia.

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