Quatro anos após os apoiadores do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadirem o Capitólio de Washington, D.C., numa tentativa frustrada de impedir a certificação do resultado da vitória eleitoral de Joe Biden, um dos responsáveis por organizar o ataque, Enrique Tarrio, pediu nesta segunda-feira, 6, que Trump, ao retornar à Casa Branca em 20 de janeiro, lhe conceda um perdão total por suas ações.
O ex-líder dos Proud Boys, grupo neofascista exclusivamente masculino que esteve envolvido no ataque ao Capitólio em 2021, foi condenado a 22 anos de prisão por seu papel no ato que resultou na morte de sete pessoas e mais de US$ 2,8 milhões em danos. Segundo promotores americanos, Tarrio foi responsável por mobilizar centenas de membros do Proud Boys (meninos orgulhosos, em inglês) para participar do ataque.
O pedido de indulto foi enviado pelo advogado de Tarrio, Nayib Hassan, através de uma carta. O ex-líder dos Proud Boys alega que foi condenado injustamente durante a administração do presidente Biden.
“Estamos fazendo todos os esforços possíveis para garantir que essa comunicação chegue ao presidente eleito Trump”, disse Hassan em uma entrevista.
Promessa de campanha
Durante a corrida eleitoral de 2024 e após vencer o pleito em novembro passado, Trump prometeu conceder perdão a alguns dos mais de 1.500 trumpistas acusados de participar da invasão em 2021.
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“Bem, vamos analisar cada caso individual”, disse Trump. “E vamos fazer isso muito rapidamente, vai começar na primeira hora em que eu assumir o cargo. Uma vasta maioria deles (os invasores) não deveria estar na cadeia… Eles sofreram gravemente.”
A porta-voz da equipe republicana de transição de governo, Karoline Leavitt, afirmou: “O presidente Trump perdoará os americanos que tiveram o devido processo negado e foram injustamente processados pelo Departamento de Justiça, que foi usado como arma (pelo governo Biden)“.
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