terça-feira , 18 fevereiro 2025
    Economia

    Expectativa de inflação acelera em 2025 e pressiona cumprimento da meta nos próximos anos

    expectativa-de-inflacao-acelera-em-2025-e-pressiona-cumprimento-da-meta-nos-proximos-anos
    Inflação

    Mercado financeiro prevê inflação a 5,08% neste ano acima do teto da meta de 4,5%. Dólar deve recuar dos R$ 6 apenas em 2027. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

    Os analistas do mercado financeiro elevaram pela 14ª semana seguida a expectativa de crescimento da inflação neste ano, passando de 5% para 5,08% de acordo com o Relatório Focus desta segunda (20). O boletim do Banco Central elaborado a partir das previsões de agentes econômicos aponta que o indicador seguirá acima do teto da meta de 4,5% em 2025, e pressionará os próximos anos.

    Segundo os analistas, a inflação em 2025 também terá um aumento do que era previsto na semana passada, de 4,05% para 4,1% (veja na íntegra). Para 2027 e 2028 a expectativa se manteve em 3,9% e 3,58%.

    Essa expectativa de aumento da inflação preocupa o governo principalmente por conta da taxa básica de juros, utilizada pelo Banco Central para segurar o consumo e forçar o indicador para voltar ao centro da meta. A expectativa é de que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem, eleve em um ponto percentual a Selic atual em 12,25%.

    Será a primeira prova de fogo do novo presidente da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cargo. A presidência do Banco Central foi alvo de duras críticas do petista nos últimos dois anos por causa da alta taxa de juros, e há a dúvida se Lula será mais contido agora que tem um escolhido e mais sete diretores na autarquia.

    Por outro lado, os analistas preveem também mais um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), de 2,02% para 2,04% neste ano. Já para 2026, a previsão é de um avanço menor, de 1,77%, se mantendo em 2% nos anos seguintes.

    Também no Relatório Focus desta segunda (20), os agentes ouvidos pelo Banco Central acreditam que o dólar seguirá no patamar de R$ 6 neste ano e em 2026, e que começará a cair apenas em 2027 para R$ 5,92, mas subindo em 2028 para R$ 5,99.

    Por fim, apontam que a taxa básica de juros seguirá alta e alcançará 15% neste ano, começando a ser reduzida apenas em 2026 para 12,25%. Em 2027 para 10,25% e, em 2028, para 10%.

    Deixe um comentário

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Artigos Recentes

    Categorias

    Artigos relacionados

    haddad-e-“corresponsavel”-por-greve-na-receita-federal,-diz-unafisco
    Economia

    Haddad é “corresponsável” por greve na Receita Federal, diz Unafisco

    Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo Impasse Por Camila Abrão...

    deputados-discutem-nova-possibilidade-de-saque-do-fgts
    Economia

    Deputados discutem nova possibilidade de saque do FGTS

    Projeto foi incluído na próxima sessão plenária, após decisão da reunião de...

    governo-quer-baratear-credito-com-consignado-privado,-mas-proposta-pode-ter-armadilhas
    Economia

    Governo quer baratear crédito com consignado privado, mas proposta pode ter armadilhas

    O governo recentemente anunciou suas prioridades econômicas e, entre elas, está o...

    economistas-divergem-sobre-desaceleracao-necessaria-para-conter-alta-dos-precos
    Economia

    Economistas divergem sobre desaceleração necessária para conter alta dos preços

    Economistas divergem sobre nivel necessário de desaceleração da economia (Foto: Vandré Kramer/Gazeta...