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A embaixada da Argentina em Caracas, onde cinco opositores ao governo de Nicolás Maduro estão asilados, enfrenta uma crise após o colapso do gerador que fornecia energia ao local, nesta terça-feira, 18. Sem luz, água e comunicação com o exterior, os exilados denunciam que o regime chavista, que já havia cortado serviços essenciais, intensificou ainda mais o cerco ao grupo. O governo de Maduro, por sua vez, nega qualquer responsabilidade pelo incidente e acusa os asilados de conspirarem contra o regime.
Há quase um ano, os cinco refugiados – Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González e Humberto Villalobos – membros da equipe de María Corina Machado, buscam proteção na sede da embaixada da Argentina em Caracas. A medida ocorreu após o regime de Nicolás Maduro expulsar os diplomatas argentinos e aumentar a repressão contra a oposição.
Desde então, o local passou a ser protegido pelo Brasil. Contudo, o cerco imposto pelo governo venezuelano se intensificou com o corte de serviços essenciais como eletricidade e fornecimento de água potável, além da restrição do acesso a caminhões-pipa, que anteriormente abasteciam o local uma vez a cada 13 dias com 2.000 litros de água.
De acordo com o Comando com Venezuela, plataforma ligada à principal candidatura de oposição nas eleições de 2024, o gerador já vinha operando de forma precária desde que, três meses atrás, técnicos da Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) retiraram os fusíveis da residência.
“Os cinco exilados no complexo diplomático denunciam que permaneceram sem luz, sem água e sem conectividade”, afirmou em comunicado. “Isso ocorre apenas três dias após a denúncia pública que fizeram sobre o cerco imposto pelo regime de Maduro.”
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Sem o gerador, os alimentos armazenados no local estão em risco de deterioração e a falta de energia e água compromete ainda mais a permanência dos asilados no local.
A líder oposicionista María Corina Machado usou suas redes sociais para condenar a falha no gerador e a inação da comunidade internacional, chamando a situação de “tortura pura e dura”. Ela acusou o governo de Maduro de violar acordos internacionais de proteção a refugiados. “O mundo democrático deve agir agora”, escreveu.
Enquanto isso, o governo de Maduro segue negando qualquer responsabilidade sobre o incidente. Em resposta às denúncias, autoridades venezuelanas acusam os exilados de conspirarem contra o regime e de desestabilizarem o país.
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