O governo federal divulgou uma nota, na manhã deste sábado, sobre a situação política na Venezuela, um dia após a posse de Nicolás Maduro, reeleito presidente do país em julho do ano passado. No documento, o Ministério das Relações Exteriores afirmou estar acompanhando com “grande preocupação” o contexto no país vizinho, evocando direitos humanos e citando a perseguição do governo chavista a opositores.
Na última quinta-feira, a oposição da Venezuela denunciou a prisão da líder María Corina Machado na saída de uma manifestação em Caracas, capital venezuelana. Tiros teriam sido disparados, mas não há relatos de feridos. Além disso, o governo deteve vários políticos e ativistas, incluindo um ex-candidato presidencial.
Sobre o episódio, o governo brasileiro pediu, em trecho da nota divulgada, por diálogo entre os políticos daquele país, e a garantia de direitos básicos aos líderes da oposição.
Veja, na íntegra, a nota divulgada pelo governo Lula:
“O governo brasileiro acompanha com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela, em especial após o processo eleitoral realizado em julho passado.
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Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos.
O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física.
O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.”
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