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Israel deseja estender a primeira fase do cessar-fogo com o grupo radical Hamas, à medida que as negociações sobre o futuro da Faixa de Gaza estagnaram, relataram jornais israelenses nesta terça-feira, 25. A etapa está prevista para expirar neste sábado, 1º de março, com duração total de 42 dias. O país também está preparado para retomar os combates caso o debate sobre como implementar a segunda fase, que prevê a libertação total dos reféns e a saída completa das tropas israelenses do enclave palestino, não avancem, acrescentaram os veículos.
Embora Israel tenha adiantado que as negociações seriam retomadas na semana passada, não há sinais de progresso. A proximidade do prazo do primeiro estágio eleva as preocupações, uma vez que esperava-se que as discussões já estivessem evoluídas no final de fevereiro. A extensão cogitada por Tel Aviv demandaria a soltura de novos reféns, bem como de palestinos detidos. Mas, segundo o jornal britânico The Guardian, autoridades israelenses estão “céticas” sobre a viabilidade da alternativa.
As tensões sobre a possível quebra do cessar-fogo aumentaram na semana passada, quando o governo israelense adiou a libertação de prisioneiros palestinos, prevista para o último final de semana. Na decisão, Israel acusou o Hamas de violar “múltiplos termos” do pacto e disse que não aceitaria “cerimônias degradantes”, em referência a dois cativos terem sido obrigados pelos militantes a ver outros reféns serem soltos no sábado.
Em resposta, o grupo radical afirmou que Israel tinha a “intenção de fugir das obrigações do acordo” e que não participará de qualquer negociação sobre a trégua até os palestinos sejam libertados. Em declarações anteriores, o Hamas havia se mostrado aberto a uma curta extensão da fase um, de forma a manter viáveis as duas próximas etapas e a permitir que mais ajuda entrasse na Faixa de Gaza, em grave crise humanitária.
Quais são as fases?
Sob a primeira fase do acordo, o Hamas concordou em libertar 33 reféns, entre eles crianças, mulheres — incluindo militares — e pessoas com mais de 50 anos. Em troca, Israel libertaria 50 prisioneiros palestinos para cada mulher das Forças Armadas de seu país, e 30 para os demais reféns.
Na segunda, o objetivo é que um cessar-fogo permanente seja alcançado, os reféns vivos que ainda estão em Gaza sejam trocados por palestinos presos por Israel e forças israelenses façam uma retirada completa da área. Já na etapa final, o acordo prevê o retorno dos corpos dos reféns mortos e a reconstrução de Gaza, que deve demorar anos.
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