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Após uma série de deslocamentos, uma estátua de Francisco Pizarro (1475-1571) voltou ao centro de Lima, no Peru, de onde havia sido retirada devido ao seu papel na violenta conquista espanhola do Império Inca. A inauguração do monumento, na semana passada, teve sabor de homenagem, já que coincidiu com o 490º aniversário da fundação da cidade que Pizarro fundou em 18 de janeiro de 1535.
Após 21 anos, a estátua foi reinstalada na Pasaje Santa Rosa, perto da Plaza de Armas e a poucos metros da catedral onde repousam os restos mortais de Pizarro. O evento oficial foi presidido pelo prefeito de Lima, Rafael López Aliaga, e pela presidente da Comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso. Durante a cerimônia, a importância do retorno da estátua foi destacada como um reconhecimento da história compartilhada entre Peru e Espanha.
A realocação não passou despercebida. Alguns veem Pizarro como um “pai” do Peru, enquanto outros o consideram um “usurpador” responsável pela colonização violenta. O presidente Díaz Ayuso enfatizou que este evento representa um “reencontro” com o coração histórico de Lima. Além disso, a estátua agora divide espaço com uma pedra cerimonial andina que homenageia Taulichusco, um líder indígena local, simbolizando a reconciliação entre diferentes narrativas históricas.
Qual é a História?
Em 1531, Pizarro liderou uma expedição ao Peru com 180 homens e 37 cavalos. Em novembro de 1532, ele capturou o imperador inca Ataualpa em Cajamarca, levando à eventual queda do Império Inca. As forças ocuparam Cusco, a capital inca, em 1533, conquistando efetivamente o império. Ele também fundou a cidade de Lima em 1535, que se tornou a capital do Vice-Reino do Peru e um centro significativo da administração colonial espanhola.
Suas ações e a subsequente colonização espanhola tiveram um impacto profundo — e nem sempre benigno — na história, cultura e demografia da região. A conquista e a governança de Pizarro lançaram as bases para o domínio espanhol no Peru, que durou até a independência do país no século XIX.
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