![Nicolás Maduro (17/08/2024)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2025/01/GettyImages-2167203755.jpg?quality=70&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
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O regime de Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira entre a Venezuela e a Colômbia nesta sexta-feira, 10, horas antes da cerimônia de posse do chavista para seu terceiro mandato de seis anos e em meio a um clima de tensão. A medida foi anunciada por Freddy Bernal, governador do estado de Táchira, que faz fronteira com o território colombiano, que alegou uma suposta “conspiração internacional”.
“Temos informações sobre uma conspiração internacional para perturbar a paz dos venezuelanos”, disse Bernal.
O bloqueio temporário, que continuará em vigor até a próxima segunda-feira, 13, deve afetar agricultores, empresários e cidadãos que dependem da travessia da fronteira para atividades econômicas diárias.
“Temos controle absoluto do Estado”, assegurou Bernal.
Na noite de quinta-feira 9, o chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo, reiterou a posição diplomática do país em relação à posse de Maduro, dizendo em um discurso que os resultados eleitorais fraudulentos no país vizinho não serão reconhecidos. No entanto, disse que deseja que os canais diplomáticos sejam mantidos.
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Resultado contestado
A Venezuela enfrenta um dos dias mais críticos de sua história recente nesta sexta-feira. Nicolás Maduro concretizará o status de ditador ao assumir o poder de forma ilegítima, apoiado por instituições subservientes ao seu regime, enquanto o opositor Edmundo González Urrutia, reconhecido como presidente eleito por grande parte da comunidade internacional, promete regressar ao país para assumir o cargo após uma turnê pelas Américas.
Há seis meses, a comunidade internacional, inclusive o governo colombiano, demanda que o regime de Maduro apresente as atas eleitorais que provem sua vitória nas eleições de 28 de julho. Sem possibilidade de auditoria independente dos resultados desagregados por urna, a posse é vista como uma reafirmação de um processo eleitoral manipulado pela ditadura. O chavismo, por sua vez, diz que as atas sumiram devido a um (conveniente) ciberataque aos servidores do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Nos últimos dias, a ditadura intensificou as detenções de um grupo significativo de ativistas de direitos humanos, políticos e cidadãos, às vésperas da posse presidencial. Entre eles está o sequestro e posterior libertação da líder opositora María Corina Machado, que foi capturada após uma manifestação na cidade de Caracas na quinta-feira, sua primeira aparição pública desde que se escondeu em agosto devidos a ameaças de prisão.
A cerimônia de posse está marcada para o meio-dia no horário local (13h em Brasília) no prédio do Parlamento.
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