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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu perdão “total e incondicional” nesta terça-feira, 21, para Ross Ulbricht, fundador do site de venda de drogas ilegais Silk Road.
Ulbricht, de 40 anos, foi detido e condenado à prisão perpétua em 2015 por administrar o mercado da dark web que movimentou mais de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhões) em transações ilícitas utilizando bitcoin.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu libertar Ulbricht — e agora cumpriu com sua palavra em um dos primeiros atos do seu segundo mandato. O Partido Libertário dos Estados Unidos também defendia a medida, dizendo que o caso exemplificava os exageros do governo.
“A escória que trabalhou para condená-lo eram alguns dos mesmos lunáticos que estavam envolvidos na moderna instrumentalização do governo contra mim”, disse Trump em uma publicação em sua rede social, a Truth, acrescentando que ligou para a mãe de Ulbricht para dar a notícia de que seu filho seria solto.
Ulbricht foi libertado de uma prisão federal no Arizona na noite de terça-feira, de acordo com registros do Departamento Federal de Prisões.
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“Depois de suportar mais de uma década de encarceramento, esta decisão oferece a Ross a oportunidade de recomeçar, reconstruir sua vida e contribuir positivamente para a sociedade”, disse Brandon Sample, advogado de Ulbricht, em um comunicado.
O que era o Silk Road
O Silk Road, criado por Ulbricht em 2011, operava na rede Tor e aceitava pagamentos em bitcoin, permitindo a compra e venda de drogas e outros serviços ilícitos de maneira anônima.
Durante o julgamento do caso, promotores alegaram que mais de 100 mil pessoas usaram o site para negociar cerca de US$ 214 milhões em serviços e drogas ilegais, como como heroína, cocaína e LSD, com relatos de mortes relacionadas ao consumo das substâncias adquiridas através da plataforma.
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Apesar de Ulbricht ter admitido ter criado o site, sua defesa alegou que o Silk Road foi ao ar com a intenção de ser um “site de livre mercado e livre circulação”.
“Eu queria capacitar as pessoas a fazerem escolhas em suas vidas e terem privacidade e anonimato”, disse Ulbricht em sua audiência de sentença em maio de 2015.
De acordo com a procuradoria, o réu tomou medidas extremas para tentar proteger o site, incluindo ordens para matar pessoas que pudessem representar uma ameaça para a plataforma, embora não existam evidências de que algum assassinato tenha sido realmente cometido.
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