A endocrinologista Maria Fernanda Barca, em entrevista à CNN Brasil, abordou a crescente popularidade do Ozempic e os riscos associados ao seu uso indiscriminado e falsificações.
O Ozempic, originalmente desenvolvido para o tratamento de diabetes, ganhou notoriedade por seus efeitos no emagrecimento. “O Ozempic é um medicamento usado ao princípio para o diabético”, explicou Barca, acrescentando que sua criação foi baseada em estudos com pacientes bariátricos.
A médica detalhou o mecanismo de ação do medicamento: “Ele foi feito através de estudo com bariátricos, que viram que esses pacientes, depois da cirurgia, deixavam de ser diabéticos. Então, eles separaram dois componentes: o GLP-1 e GIP produzidos pelo intestino, e chegaram ao GLP-1”.
Febre nas redes sociais e uso off-label
A popularidade do Ozempic disparou, especialmente nas redes sociais, devido aos seus efeitos no emagrecimento. “Todo mundo começou a usar off-label, principalmente nos países que podiam, e as pessoas emagreceram muito. Então, a febre do Ozempic com as redes sociais e com as mídias, isso foi se replicando”, observou a especialista.
Ela destacou que o medicamento não apenas corrige o diabetes, mas também promove perda de peso significativa, especialmente da gordura visceral, localizada no abdômen e que é inflamatória.
No entanto, Barca alertou sobre o uso off-label e sem prescrição médica, que pode levar a efeitos colaterais e escassez para pacientes que realmente necessitam do medicamento.
Alerta sobre falsificações
A entrevista também abordou o recente alerta da Anvisa sobre falsificações do Ozempic. A endocrinologista explicou como identificar o produto original: “A caneta tem que ser azul clara, o mostrador tem que ser cinza, o botão de aplicação tem que ser cinza, e a substância tem que ser não transparente, ela tem que ser fosca”.
Sobre o caso de hospitalização no Rio de Janeiro, Barca alertou para os perigos das falsificações: “Podem ter substâncias que são poluentes, que fazem mal à saúde, que podem levar à insuficiência cardíaca e à insuficiência hepática”. Ela também mencionou riscos de contaminação bacteriana e presença de substâncias tóxicas.
A médica concluiu enfatizando a importância da vigilância ao adquirir o medicamento, mesmo em farmácias, e a necessidade de acompanhamento médico para o uso seguro do Ozempic.
Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.
Deixe um comentário