Em entrevista à CNN, Márcio de Lima Leite, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), afirmou que o setor automotivo brasileiro está registrando um crescimento significativo nas vendas do mercado local, retornando aos níveis pré-pandemia
Leite destacou que o setor voltou ao patamar de aproximadamente 10.811 mil veículos emplacados por dia.
De acordo com o presidente da Anfavea, esse aumento nas vendas é impulsionado principalmente pela redução no custo do financiamento.
“Historicamente, nossas vendas eram 70% a prazo e 30% à vista. Nos últimos dois anos, ocorreu uma inversão: 70% de vendas à vista, porque não havia crédito e o custo de financiamento era inviável para o consumidor”, explicou Leite.
Investimentos recordes e preocupações com juros
O setor automotivo está vivenciando o maior ciclo de investimentos de sua história, com um aporte de R$ 130 bilhões.
Esse montante reflete a aposta da indústria no crescimento do mercado brasileiro.
No entanto, Leite expressou preocupação com uma possível alta na taxa de juros, que poderia impactar negativamente o mercado justamente no momento em que o setor apresenta sinais de recuperação.
Debate sobre importações de veículos elétricos
Outro tema abordado na entrevista foi a questão dos veículos elétricos e híbridos importados, principalmente da China, que têm ganhado participação no mercado brasileiro.
A Anfavea defende a recomposição do imposto de importação para a tarifa padrão de 35%, alegando não se tratar de um aumento, mas sim de um retorno à alíquota praticada para veículos a combustão.
Leite argumentou que essa medida visa equilibrar o mercado, considerando o elevado estoque de veículos importados da China no país, estimado em cerca de 80 mil unidades.
“Não estamos defendendo um aumento do imposto de importação, mas sim a recomposição para a tarifa padrão”, afirmou o presidente da Anfavea.
O setor também enfrenta desafios nas exportações, com uma queda de aproximadamente 20% em relação ao ano anterior.
No entanto, Leite apontou sinais de recuperação, com crescimento nas exportações para Argentina, México, Colômbia e Chile nos meses de julho e agosto.
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