O isolamento do PL após a derrota de Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado no início de 2023 e a subsequente falta de espaço na Mesa da Casa faz com que lideranças do partido hoje tenham cautela quanto a eventuais candidaturas próprias nos pleitos internos do Congresso no ano que vem.
Na época, Marinho perdeu para Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e a maior sigla de oposição ainda ficou sem cargo na Mesa da Casa – responsável pela direção dos trabalhos legislativos – diante das negociações entre os partidos que apoiaram o atual presidente do Senado.
O PL também ficou sem o comando de comissões permanentes do Senado. PP e Republicanos, que apoiaram Marinho na época, ficaram na mesma situação. Meses depois, após muita pressão, foram criadas comissões a serem comandadas por senadores do PL.
O episódio foi considerado um duro golpe na oposição e é lembrado hoje por membros do PL quando se trata das eleições para as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados, previstas para fevereiro de 2025. Não querem que se repita.
Embora faltem cerca de cinco meses e candidaturas próprias não foram oficialmente descartadas, articulações já começaram e a ideia é compor o quanto possível com outros partidos. Até o momento, o PL tende a apoiar os nomes que despontam como favoritos nas disputas.
No Senado, uma possibilidade é apoiar Davi Alcolumbre (União-AP), franco favorito.
Na Câmara, a sucessão está concentrada entre Elmar Nascimento (União-BA) e Hugo Motta (Republicanos-PB).
De todo modo, a bancada do PL deve esperar quem o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), apoiará e ter novas conversas com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) assim como com o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
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